A leveza do ser é insustentável per si. Traz consigo uma capacidade de entendimento sem tamanho, como se um elefante estivesse na sala e nunca houvesse de ser notado. De repente ele está alí, é a realidade, sempre esteve, há essa consciência e vida que segue.

Há problemas, há soluções ou não, se viverá talvez não do mesmo jeito mas se viverá. Essa consciência é a insustentável leveza do ser, impensável, inefável, mas alí, sempre, como o elefante na sala.

A consciência sempre alí esteve, sabíamos o que fazer, o que aconteceria, mas fingíamos ignorá-la.

Se perder tudo, tendo que trabalhar como um lavador de janelas ou limpador de tapetes, impensável, ser obrigado a correr, a manter a corrida, a trabalhar… De repente acontece, não há o que fazer, o elefante se mexeu.

A vida segue, nós seguimos, melhor então seguir leve, tendo noção que mesmo um fim do mundo é relativo apenas.

A vida segue…

A insustentável leveza do ser.